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MINHA PARTICIPAÇÃO NA 3ª EDIÇÃO DO TERRA VIVA - POR UM MUNDO MELHOR, FALANDO SOBRE "TAI CHI CHUAN E SEUS BENEFÍCIOS"

MINHA PARTICIPAÇÃO NA 3ª EDIÇÃO DO TERRA VIVA - POR UM MUNDO MELHOR, FALANDO SOBRE" TAI CHI CHUAN "



Benefícios do Tai Chi Chuan

zen1 O Tai Chi Chuan é uma arte milenar de origem oriental, com um sistema de práticas que beneficiam as pessoas num todo, equilibrando tanto a mente quanto o corpo.
As práticas de Meditação (Serenidade) e o Tai Chi Chuan são técnicas específicas para a obtenção de estados mentais tranqüilos, que podem ajudar na prevenção e na cura de doenças. O Tai Chi Chuan integra o corpo e a mente, a respiração e o movimento, as mãos e os pés. O corpo inteiro se torna integrado e move-se como um todo. A mente (Yi) é usada para dirigir a energia (Chi) e movimenta os membros do corpo. O movimento impulsiona o sangue através do sistema, ajudando no funcionamento adequado dos órgãos internos.
O Tai Chi Chuan é composto de movimentos abertos, redondos e relaxados, designados a estabilizar o equilíbrio das forças vitais do organismo (a união entre as forças vitais Yin e Yang). Isto ajuda todo o corpo a executar suas funções de maneira eficiente, sem a intervenção do trabalho de cada órgão. Através destes movimentos suaves, aprendemos o segredo da "imunidade contra doenças degenerativas". Com o conhecimento de como exercitar-se corretamente e com determinação a disciplinar-se consistentemente, adquirimos a saúde natural.
A prática do Tai Chi Chuan ocasiona um impacto no Sistema Nervoso Central e constrói uma fina base para o melhoramento dos outros nove sistemas orgânicos do corpo: sistema esquelético, sistema muscular, sistema circulatório, sistema linfático, sistema excretor, sistema endócrino, sistema nervoso, sistema digestivo e órgãos sensoriais.


Alguns benefícios da prática constante do Tai Chi Chuan:

- aumento da vitalidade, dando mais energia e disposição;
- fortalecimento do sistema nervoso;
- aumento da atenção e concentração mental;
- desenvolvimento pleno do potencial mental e espiritual;
- equilíbrio total de todos os sistemas orgânicos do corpo;
- conquista da serenidade e o equilíbrio das emoções;
- auxilia na prevenção e redução do estresse e a sobrecarga mental;
- aumento da flexibilidade, proporcionando um relaxamento muscular em todo o corpo;
- fortalecimento do sistema imunológico ajudando na prevenção de doenças;
- superação dos medos e limites.


Recomendações:

1 - Praticar com regularidade e persistência, procurando dominar as práticas para que os benefícios sejam maiores;
2 - Sempre que possível, treine em ambientes naturais, onde o ar fresco possa circular;
3 - O ideal é praticar logo de manhã, ao nascer do sol, na chamada hora da energia criativa;
4 - Permanecer relaxado e alegre durante o treinamento, pois muitos dos benefícios obtidos através do Tai Chi Chuan são de natureza mental;
5 - Usar roupas folgadas e sapatos sem salto para facilitar o fluxo da energia pelo corpo. Tirar relógio, anéis e pulseiras também é aconselhável;
6 - Respire e se movimente suave, graciosa e naturalmente, criando uma harmonia no fluxo da energia;
7 - Seja gentil e generoso ao lidar com todas as pessoas que estejam praticando junto.


Pesquisas comprovadas dos benefícios
das práticas do Tai Chi Chuan


Equilíbrio:

Dos exercícios de equilíbrio o Tai Chi Chuan provou ser o de maior sucesso na redução de quedas. Além disso, as práticas, de acordo com estudos recentes, são benéficas para dar força, resistência muscular e flexibilidade.
Colégio Médico da Universidade Cornell

Para evitar os tombos, que se tornam mais freqüentes à medida que a idade avança, uma sugestão é praticar Tai Chi Chuan. De acordo com a equipe médica da Clínica Mayo (EUA), os movimentos lentos e suaves dessa atividade propiciam a restauração do senso de equilíbrio, que se torna menos eficiente com o passar dos anos, além de relaxar e tonificar os músculos.

Sistema Cardiovascular e Pressão Sangüínea:

Uma sessão de Tai Chi Chuan pode beneficiar o coração tanto quanto uma boa caminhada. Foi comparada a pressão de pacientes com o hábito de caminhar toda manhã com a de cardíacos que passaram a praticar esta arte. Os dois times empataram em matéria de benefícios. Os movimentos lentos podem baixar a pressão arterial muito elevada até ela ficar normal.
Pesquisa realizada por Cardiologistas - Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos


Segundo um estudo feito em Março de 1999 publicado no Periódico da Sociedade Americana de Geriatria, a prática do Tai Chi Chuan ajuda na redução da pressão alta. Foram analisados adultos mais velhos praticando Tai Chi Chuan durante 12 semanas, tendo reduções de pressão sangüínea muito significativas. Conduzindo o estudo esteve Dr. Deborah Rohm, da Universidade John Hopkins.
Pesquisadores recrutaram 62 pessoas adultas sedentárias entre as idades de 60 e 80 anos. Elas tinham pressão sangüinea alta e tomavam medicamentos para regularizar. Os participantes foram divididos aleatoriamente dentro dois grupos: um que praticava Tai Chi Chuan com intensidade leve por 12 semanas e outro que praticava moderadamente exercícios aeróbicos, dentro do mesmo período. Os que praticaram Tai Chi Chuan e o grupo de exercícios aeróbicos tiveram reduções parecidas e significantes na pressão sangüínea, durante o período de estudo.
Foi concluido na pesquisa que a pratica regular do Tai Chi Chuan regulariza a pressão sangüinea.


Postura:

Tai Chi Chuan, uma arte tradicional Chinesa, contém uma sequência de movimentos suaves e contínuos. Uma análise de variação demonstrou que de 3 em 5 pessoas testadas, teve significativa melhora na postura, em relação a pessoas sedentárias não praticantes.
Periódico Americano de Terapia Ocupacional, 1992


Fibromialgia:

Fibromialgia é uma epidemia moderna, uma condição crônica de dor que afeta 6 a 8 por cento da população dos Estados Unidos. O Tai Chi Chuan foi recomendado por alguns profissionais de saúde como uma terapia muito desejável para auxiliar no tratamento. No ano 2000, a Universidade de Maryland de Medicina, fez um estudo com pessoas que sofriam de fibromialgia, submetendo-as à sessões de um programa de Tai Chi Chuan. Uma melhora significativa foi percebida, melhorando o estado de saúde das pessoas envolvidas na pesquisa.. A melhoria foi sustentada 4 meses após o fim da intervenção.

Envelhecimento:

Uma pesquisa do Instituto de Shanghai de Hipertensão verificou diversos aspectos do envelhecimento. Analisando os benefícios da prática do Tai Chi Chuan, determinaram que é muito eficaz para auxiliar no tratamento de doenças geriátricas retardando o processo de envelhecimento do corpo.

Doenças Respiratórias:

Um estudo colaborativo entre o Instituto de Pesquisa de Medicina Tradicional Chinesa da Faculdade de Tainjin, e o Hospital de Cirurgia de Tórax de Tianjin, analisou pacientes que sofriam de bronquite crônica, de asma e de enfisema pulmonar. Um grupo praticou Tai Chi Chuan e Chi Kung e o outro grupo foi tratado apenas com remédios. O grupo que fez as práticas teve uma melhora mais rápida em relação ao outro grupo. Foi constatado que o Tai Chi Chuan ajuda muito na recuperação de pessoas que sofrem de doenças respiratórias

Dores nos Joelhos:

Os problemas de dores nos joelhos são comuns porque nós envelhecemos. A Universidade de Illinois conduziu um estudo em idosos usando 20 semanas de treinamento com Tai Chi Chuan. Os resultados finais comprovaram que a prática do Tai Chi Chuan melhora a força do extensor do joelho e o controle da força nos idosos.

Insônia:

A insônia é um problema crescente em nosso mundo agitado, onde muitas pessoas vivem estressadas. No departamento de Chi Kung do Hospital de Ningbo de Medicina Tradicional Chinesa, na China, fizeram em 78 pacientes que sofriam de insônia tratamentos que envolviam Meditação e Tai Chi Chuan, complementando com acupressura em diversos pontos. Após algumas semanas de tratamento, 35 pessoas foram curadas (o sono melhorou passando a 7 horas por dia), 22 casos tiveram um bom resultado (dormiam de 4 a 6 horas por dia), 9 casos mostraram algum efeito (o sono ficou melhor do que era), 2 casos não mostraram nenhum efeito. Foi comprovado que a grande maioria das pessoas melhorou muito sem a necessidade de usar remédios e drogas.

Pessoas idosas:

Um treinamento de 12 meses de Tai Chi Chuan em pessoas idosas, provou que tanto para homens como para mulheres houve um aumento do consumo de oxigênio, aumento da flexibilidade da coluna lombar/toráxica, aumento da força muscular das pernas, e contribuiu para a redução da tensão, da depressão, da ansiedade e dos distúrbios de humor.
Depto de Medicina Física e Reabilitação - Universidade Nacional de Taiwan - China

No trabalho:

Uma pesquisa entre os praticantes de Tai Chi Chuan, comprovou que 90% sentiu melhoras significativas no seu desempenho profissional, estado de atenção e concentração no trabalho e especialmente na qualidade de sua saúde física e emocional. No campo das relações humanas, o trato com colegas e superiores chegou a um nível de entendimento que possibilita a maior compreensão e integração no trabalho. O que mais chama atenção na pesquisa é o nível da capacidade de encarar problemas tanto profissionais como particulares, com "calma", encontrando soluções adequadas aos mesmos, sem desgaste físico ou emocional.

Benefícios Gerais:

A prática do Tai Chi Chuan gera um sentimento de paz interior, na medida em que nos concentramos nos movimentos sem nos distrairmos. Os movimentos suaves e fluídos, fazem com que a mente e os músculos relaxem, promovendo a flexibilidade.
Pesquisa médica publicada em 1986 no "China Sports"

De acordo com estudos recentes realizados por Médicos americanos, de todas as artes terapêuticas, físicas e mentais, o Tai Chi Chuan é o mais suave e o mais fácil de ser aprendido. Seu poder de rejuvenescimento tanto físico como mental, tem sido comprovado pois, abaixa a pressão sangüínea, irriga as juntas, estimula a circulação, constrói os músculos e mobiliza o sistema imunológico. Tudo isso sem stress ou tensão.


Tai Chi Chuan promove vigor interior, enquanto os músculos se tonificam, aumentando a flexibilidade e a força. Também reduz o estresse, fortalece a energia vital, aumenta a consciência corporal, e melhora a coordenação motora. As práticas do Tai Chi Chuan foram durante muitos anos um segredo dentro de algumas famílias Chinesas que dominavam a arte.
Revista Americana de Saúde dos Homens - Mar/Abr 1993


Pesquisas mostraram que o Tai Chi Chuan pode também: curar doenças como hipertensão, asma e insônia; prevenir arteriosclerose e deformidades na coluna; encurtar a fase de recuperação de algumas doenças. Estas conclusões foram resultado de um estudo feito por Chen Munyi (1963), com praticantes de Tai Chi Chuan.
Periódico Americano de Medicina Chinesa - 1981 Vol 9(1) 15-22


Treze adolescentes com Distúrbio de Hiperatividade e Deficiência de Atenção participaram de aulas de Tai Chi Chuan duas vezes por semana, durante 5 semanas. Os professores avaliaram os comportamentos dos adolescentes na Scala Conners, durante o período inicial, depois do período de 5 semanas de Tai Chi e duas semanas mais tarde. Após as 10 sessões de Tai Chi os adolescentes demonstraram menos ansiedade, um maior equilíbrio emocional e uma melhora no comportamento. Estas mudanças persistiram no acompanhamento do período de 2 semanas após o término das práticas.
Pesquisa realizada em uma Universidade Americana


Fonte de Juventude:

O Cardiologista Jairo Mancilla e o psiquiatra Luiz Alberto Py de São Paulo, acreditam que a longevidade e a felicidade andam de mãos dadas. Para comprovar sua tese, entrevistaram várias pessoas com mais de 90 anos e muita saúde e observaram algumas caracterísitcas em comum. Todos sabiam viver em paz no presente, perdoar e liberar emoções de maneira adequada. Também eram pessoas de fé: mesmo com religiões diferentes mantinham práticas espirituais que lhe davam força e motivação para a vida. Os médicos recomendam para quem deseja trilhar esse caminho de bem estar, que comece a fazer regularmente (de preferência, diariamente), algo que ajude a reequilibrar a mente e o organismo, como caminhadas ou exercícios de TAI CHI CHUAN.
Publicado na Revista "Criativa" - Outubro/2001


quinta-feira, 19 de junho de 2014

CONHEÇA PELA MEDICINA CHINESA A HORA QUE CADA ÓRGÃO INTERNO ALCANÇA SEU ÁPICE


De acordo com vários estudos da Medicina Tradicional Chinesa, o corpo humano é capaz de desintoxicar, nutrir e reparar órgãos, equilibrando as emoções com a finalidade de manter o bem estar. Mas, para isso, devemos conhecer e aprender as horas de cada órgão, permitindo assim, um melhor controle e prevenção.

A MTC diz que o corpo humano tem um calendário para cada ação, chamado de relógio biológico. Este é distribuído em 12 meridianos de energia 24 horas por dia, parando por duas horas para cada órgão e meridiano; segue:

Meridiano do Fígado, funciona da 01:00 - 03:00: é muito importante estar dormindo essa hora para o relaxamento da mente e do metabolismo, assim o fígado elimina os resíduos das emoções, limpa a mente e o sangue.

Meridiano do Pulmão, das 03.00 as 5.00: Aqui em caso de não estarmos dormindo podemos realizar exercícios respiratórios especiais acompanhadas de meditação, e melhorar a oxigenação para o corpo, iniciando o dia com uma mente clara e fresca. O Pulmão é o responsável pela distribuição de energia vital mais sutil.

Meridiano do Intestino Grosso das 05.00 a 07.00: Esta é a hora de se levantar, beber um copo de água quente e satisfazer as necessidades naturais. Podemos massagear o abdômen, no caso de sofrer de constipação intestinal e desconforto.

Meridiano do Estômago, de 07.00 a 09.00: Aqui nós falamos sobre a absorção de nutrientes, este horário é ideal para tomarmos café da manhã e nutrir seu corpo com boa alimentação porque o café da manhã é a refeição mais importante do dia.

Baço e pâncreas, das 09.00 às 11.00 horas. Neste momento tanto o baço e pâncreas são totalmente ativo, a comida vai ser convertida em energia e sangue para nutrir os músculos.

Meridiano do Coração das 11:00 às 13:00 horas: esse é o horário do almoço. Segundo pesquisas, os maiores índices de Infarto ocorrem neste horário e no verão, onde o ápice de energia do elemento está no Coração.

O Meridiano do Intestino Delgado seria entre 13.00-15.00 horas. Essa víscera trabalha separando e distribuindo os nutrientes digeridos.

Meridiano da Bexiga, das 15h00 às 17h00. Estas horas são ideais para o trabalho ou estudo. Na MTC se aconselha a beber chá principalmente vermelho e verde para ajudar a eliminação de toxinas do corpo.

Meridiano do Rim, 17.00-19.00: Este seria o tempo para fazer terapia, meditação e introspecção, para discutir as questões que têm a ver com os princípios filosóficos e éticos, materiais de estudo de espírito, música, etc, fazer. coisas que nos enchem sobretudo espiritualmente.

Meridiano Pericárdio 19.00-21.00 este meridiano promove o amor e a sexualidade, também protege o coração dando inspiração, é um bom momento para as atividades de grupo, compartilhar emoções com os outros e o espírito coletivo.

Meridiano Triplo Aquecedor 21.00-23.00: compreendendo o 3 sistemas principais, a oxigenação, circulação, digestão e assimilação de energia. De acordo com a MTC, a energia Yin começa a diminuir e a energia Yang aumentar. Dormir é a melhor maneira de acumular energia yang. Produtos químicos tóxicos desnecessários são eliminados através do sistema linfático.

E, finalmente, a Vesícula Biliar 23:00-01:00: Aqui é um estado de quietude, onde é recomendado dormir e relaxar.

CONFIRA A HISTÓRIA DA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA


 

Baseada na integração do homem com o Universo e no fluxo de energia vital pelo corpo, a medicina tradicional chinesa segue princípios praticamente intocados há cinco milênios
Wilson Weigi

Na China de milhares de anos atrás, um soldado sentia terríveis dores de cabeça. Certo dia, numa batalha, levou uma flechada no pé. Depois que um curandeiro retirou a seta e tratou a ferida, as persistentes enxaquecas do guerreiro desapareceram como por encanto. Intrigado, o sábio experimentou espetar espinhos e fez uma relação entre a área do ferimento, próxima ao tendão de aquiles, e o alívio de dores localizadas em outras regiões, mesmo distantes, na cabeça. Assim, aprendeu a tratar diversos problemas de saúde usando o mesmo artifício: acionar pontos-chave do corpo.

Esse relato, sem nenhuma referência de data ou local, se estabeleceu no imaginário popular como a descoberta da acupuntura, a faceta mais conhecida da medicina tradicional chinesa (MTC) entre os ocidentais. A história não passa de lenda: há variações dela em que o soldado vira caçador, a flecha, um dardo, e por aí vai. O que existe de concreto é que, no lugar exato da descrição do ferimento do tal soldado, a acupuntura assinala um ponto chamado kunlun, que tem propriedades analgésicas. Por ele, passa um caminho, um meridiano (leia à pág. 51) que começa no canto do olho e termina no pé.

Praticados ainda hoje, os princípios da MTC foram estabelecidos há cerca de 5 mil anos. Baseados no conceito de que a saúde do homem é fruto do equilíbrio da energia vital, os chineses desenvolveram os métodos terapêuticos que compõem seu repertório: além da acupuntura, há a fitoterapia (o uso de plantas medicinais em forma de chás, extratos e cápsulas), a dietoterapia (que combina cores e sabores dos alimentos), as massagens (como o tui ná e o shiatsu) e os exercícios físicos, como o tai chi chuan e o lian gong.

Esses princípios se baseiam na concepção do Universo segundo o taoísmo, conjunto de tradições filosóficas e religiosas inauguradas pelo mestre Lao Tsé, um contemporâneo de Confúcio, que teria vivido no século 6 a.C. A filosofia do tao ("caminho", em chinês), segundo a qual a natureza é harmônica e organizada, mas está em constante mutação, influenciou fortemente o budismo e o confucionismo, outras fontes da medicina chinesa. Na visão dos orientais, tudo o que existe no Universo é feito de energia, inclusive o ser humano. Para que haja saúde física e mental, a energia deve fluir e circular pelo corpo em equilíbrio e harmonia - os dois estados responsáveis pela ordem das coisas na natureza. "Quando há bloqueio ou estagnação de energia no organismo, surgem as doenças", diz o médico Ysao Yamamura, chefe do setor de medicina chinesa e acupuntura da Unifesp. Sob essa perspectiva, nenhuma parte do corpo ou da psique pode ser levada em conta individualmente.

Os orientais chamam essa energia universal de qi (pronuncia-se tchí). Por volta do ano 50 d.C., o filósofo taoísta Wang Chong assim definiu a vida e a morte: "O qi forma o corpo humano da mesma forma que a água se transforma em gelo. E, como o gelo derrete, o corpo que morre volta a ser espírito". No século 11, outro filósofo, Zhang Zai, deu uma definição semelhante: "Um nascimento é a condensação do qi; a morte, sua dispersão".

"Não existe lugar onde o qi não esteja", afirma, por sua vez, o livro Huang Di Nei Jing, ou Princípios de Medicina Interna do Imperador Amarelo, antigo texto considerado até hoje a doutrina fundamental da medicina chinesa. Esse tratado de teoria e prática terapêutica foi estruturado em forma de perguntas e respostas: nele, Huang Di, o Imperador Amarelo, interroga o médico Qi Po sobre diversas questões ligadas à saúde. Não há consenso sobre a data de sua elaboração. Alguns especialistas estimam que sua origem esteja entre os séculos 4 a.C. e 2 d.C. Estranha é a enorme discrepância de datas entre a obra e seus protagonistas, já que o Imperador Amarelo teria vivido milênios antes, entre os anos 2698 e 2599 a.C. - a bem da verdade, nem se sabe ao certo se ele realmente existiu. A confusão se explica, em parte, pelo costume vigente na antiga China de atribuir a autoria de textos importantes a figuras históricas famosas. Nem vem ao caso: o Nei Jing tornou-se uma fonte essencial da medicina chinesa.

Os historiadores creditam ainda mais valor ao livro por constituir um marco do momento que a medicina dos orientais abandona um estágio primitivo de crenças baseadas na tradição xamânica, que atribuíam as doenças à ação de demônios (ou outros elementos sobrenaturais) e evolui para um embasamento filosófico que estabelece a influência sobre a saúde de fatores como dieta, estilo de vida, emoções e ambiente. "O Nei Jing ensina a colocar na prática médica os outros princípios do tao, como a dualidade yin e yang e a Teoria dos Cinco Elementos", diz Helena Campiglia, professora de MTC e acupuntura da Universidade de McMaster, no Canadá.

Eminentes médicos, sábios e filósofos desenvolveram pesquisas e fizeram notáveis descobertas que foram acrescentadas às práticas terapêuticas. Um dos períodos áureos da medicina chinesa foi a época da Dinastia Tem (206 a.C. a 220 d.C.), marcada pelo pioneirismo em combate a venenos, uso de ervas medicinais, anestesia e suturas. Quase nada se sabe da vida de grande parte desses antigos mestres: tanto que, muitas vezes, não há consenso sobre as datas de nascimento e morte. Suas histórias quase sempre são permeadas por parábolas. Os tratados que legaram à posteridade, porém, são concretos e lançaram bases para a medicina praticada ainda hoje.

Plantas, pulso e língua

A fitoterapia é um dos métodos terapêuticos mais difundidos no mundo ocidental. Um dado interessante é que as fórmulas chinesas costumam combinar três ou mais plantas: é raro uma erva ser usada sozinha. "Os chineses levam em consideração que cada planta tem o poder de atenuar ou potencializar o efeito de outra", afirma o professor Ysao Yamamura. De acordo com a tradição inspirada na realeza da antiga China, no topo da fórmula está a erva mais forte ou poderosa contra o desequilíbrio ou a patologia, considerada o "rei" ou "imperador", e, abaixo dela, as plantas que são "ministros" e combatem aspectos secundários do problema. Em seguida, as "assistentes" aumentam ou diminuem a ação do "imperador" ou aliviam seus possíveis efeitos colaterais nocivos. Pode haver ainda uma que atua como "mensageira" entre os vários escalões, focalizando a ação medicinal num órgão ou canal de energia específico.

Por volta do ano 200, o médico Wang Shuhe, discípulo de Zhang Zhongjing, escreveu o primeiro tratado de pulsologia - método de diagnóstico por meio da artéria do pulso -, em que identifica 24 tipos de pulsação, discorrendo sobre o assunto em nada menos do que 350 páginas. "A técnica provavelmente surgiu da necessidade de o médico fazer o diagnóstico quando era proibido ver as mulheres na corte imperial", afirma Helena Campiglia. "Por meio do pulso, consegue-se avaliar a condição de órgãos como estômago, fígado e coração, entre outros."

Outra forma de diagnóstico que parece curiosa aos olhos ocidentais, a observação da língua, surgiu em algum momento durante a Dinastia Shang (1600 a 1000 a.C.). Na visão chinesa, por ter contato com o ar, a língua é considerada um órgão externo e nas suas diferentes regiões também estão representadas outras partes do corpo. A avaliação da face do paciente, outra parte importante das consultas médicas, se desenvolveu entre os anos 500 e 300 a.C. Segundo esse tipo de análise, existem correspondências entre as regiões do rosto e os órgãos vitais. A condição do coração, por exemplo, se revela na testa.

Nessa época, também floresce um sistema de saúde em que atuavam médicos de diversos níveis de status, aprendizes e farmacêuticos. Já durante a Dinastia Chin (265 a 420), foi criada uma universidade imperial, que já contava com a medicina entre as disciplinas. Um pouco mais tarde, várias invenções chinesas, como a imprensa, a bússola e a pólvora, assinalavam o período da Dinastia Song (960 a 1279), que ficou marcado também pela atuação de sábios polivalentes, como o pediatra Qian Yi, que fez várias descobertas sobre o combate a doenças como sarampo e escarlatina.

Intercâmbio

Só faltava esse manancial de informação chegar ao Ocidente. Isso aconteceu a partir do século 13 (época em que a Europa vivia assolada pela peste e por outras pragas), principalmente por meio dos padres jesuítas portugueses que se dedicavam à catequese no Japão. Eles levaram aos continentes europeu e africano alguns fundamentos da "medicina exótica" que se praticava ali. Nos séculos 16 e 17, a medicina das ervas e agulhas experimentou um boom entre os ocidentais, propagada por médicos residentes nas terras do Oriente. O Grande Tratado de Matéria Médica, de autoria do médico Li Shizhen, chegou a ser traduzido para diversos idiomas. O interesse pelas práticas foi esfriando, porém, e assim permaneceu até as primeiras décadas do século 20, em parte por causa da crescente influência dos valores ocidentais sobre a cultura chinesa.

Por pressão inglesa, a China baniu suas tradições médicas em 1912. A revolução comunista liderada por Mao Tsé Tung resgatou o conhecimento milenar e ofereceu seus tratamentos na rede pública de saúde como uma forma de ampliar o atendimento à população. Apesar do regime fechado, Mao estimulou o intercâmbio de formação de especialistas em acupuntura, tui ná e outras técnicas com vários países. Coube a Georges Soulié de Morant um importante papel no resgate das terapias orientais: diplomata, ele viveu na China e traduziu para o francês, sua língua natal, vários livros sobre acupuntura, entre eles A Acupuntura Chinesa, de 1941. A modalidade voltaria à ordem do dia no Ocidente quando o jornalista James Reston, do The New York Times, espalhou nos anos 1970 que, graças às agulhadas precisas, havia tido uma convalescência rápida e indolor depois de operado de apendicite numa viagem à China. Na mesma época, os hippies aderiram às religiões orientais e as difundiram entre os jovens de todo o mundo - a fitoterapia e utras práticas acabaram disseminadas nessa onda.
Apesar da popularização, a MTC ainda encontra certa resistência na comunidade médica, baseada especialmente na falta de comprovação científica de resultados obtidos pelos tratamentos ou de seus mecanismos de funcionamento. "Mas há um avanço nessa aceitação", diz Yamamura. O Brasil é um exemplo. Aqui, pode-se fazer pós-graduação na área e a acupuntura é reconhecida como uma especialidade médica pelo Ministério da Educação e Cultura, pelo Ministério da Saúde e pelo Conselho Federal de Medicina.

Para os orientais, tudo o que existe pode ser associado a padrões. E a forma como os taoístas classificaram e organizaram a ordem do Universo se estabeleceu na Teoria dos Cinco Elementos. Por serem naturalistas, os filósofos adotaram elementos da natureza para identificar qualidades. Eles costumam ser também relacionados a cores, sabores, emoções, sentidos e órgãos. A medicina chinesa foi pioneira em identificar as consequências patológicas da somatização - defende que as doenças podem ser causadas pelas emoções, e vice-versa.

De acordo com a Medicina Tradicional Chinesa, há 12 linhas principais por onde a energia vital percorre o corpo. "Para os chineses, a energia circula no homem pelos meridianos, caminhos distribuídos no corpo inteiro", diz a médica Helena Campiglia, professora da Associação Médica Brasileira de Acupuntura e da Universidade de McMaster, em Toronto, Canadá.
A acupuntura utiliza, segundo ela, cerca de 400 a 800 pontos identificados ao longo desses meridianos, que podem ser acionados para favorecer ou reter a circulação da energia, o que estaria por trás das doenças. Outras terapias chinesas também se apoiam na ideia dos meridianos, como a dietoterapia e massagens, como o tui ná.

Yin e yang

A união fundamental dos opostos

Observando a natureza, os taoístas notaram que, por trás dos aparentes caos e aleatoriedade dos fenômenos da natureza, existiam ciclos previsíveis, baseados na polarização de energias que, ao mesmo tempo em que se opunham, também se complementavam, o que foi batizado de yin e yang. Segundo a tradição chinesa, o Universo, antes de ser "uno", dividiu-se em dois e depois em milhares, milhões e bilhões de partes. A primeira divisão, em yin e yang, encerrou os princípios básicos de tudo o que existe. "Essas polaridades também se definem e estão contidas uma na outra: luz e escuridão, inércia e movimento, contração e expansão, céu e terra, morte e vida, feminino e masculino, passivo e ativo, razão e emoção são alguns exemplos de polaridades yin-yang", diz Helena Campiglia. Dentro dessa concepção, a vida só pode existir enquanto as duas forças estiverem em equilíbrio e o mesmo princípio se aplica aos conceitos de saúde e doença. Para a medicina chinesa, alguém saudável mantém o equilíbrio entre essas energias opostas.



Saiba mais

Livros

Psique e Medicina Tradicional Chinesa, Helena Campiglia, Editora Roca, 2004.

A análise e o tratamento de problemas psíquicos segundo a MTC.

Princípios de Medicina Interna do Imperador Amarelo, Bing Wang, Ícone Editora, 2001.

QUE A FORÇA ESTEJA CONOSCO !


Tai Chi é forma como vemos a Arte-Marcial. Não é possível a compreender apenas com a mente, somente através da conexão com o coração, com o mestre interno, com o amor. Seguimos treinando...!


"TREINAR TAI CHI CHUAN ENVOLVE MUITO MAIS DO QUE UMA SIMPLES TÉCNICA. O TAI CHI DÁ A VOCÊ UMA BASE SÓLIDA QUE O AJUDARÁ A TER SUCESSO EM QUALQUER EMPREENDIMENTO"


segunda-feira, 5 de maio de 2014


Foto: Arte marcial, esporte e prática para a saúde

Daoist Bagua mestre Lu Zijian (116 anos) Taiyi Huolong Palma

Nascido no ano 19 do reinado do imperador Guangxu da Dinastia Qing (1893), ele é de 116 anos de idade. Seu nome é Lu Zijian e Ele vive na cidade de Chongqing, na província de Sichuan, na China. Apesar de sua idade, ele é saudável e ágil.

Arte marcial, esporte e prática para a saúde

Daoist Bagua mestre Lu Zijian (116 anos) Taiyi Huolong Palma

Nascido no ano 19 do reinado do imperador Guangxu da Dinastia Qing (1893), ele é de 116 anos de idade. Seu nome é Lu Zijian e Ele vive na cidade de Chongqing, na província de Sichuan, na China. Apesar de sua idade, ele é saudável e ágil.

TAI CHI CHUAN

Foto: TAI CHI CHUAN

Tai chi chuan (em chinês: 太極拳 pinyin: Tàijí quán) é uma arte marcial interna chinesa, categoria nomeada em chinês de neijia (內家).
Este estilo de arte marcial é reconhecido também como uma forma de meditação em movimento.
Os princípios filosóficos do tai chi chuan remetem ao taoísmo e à alquimia chinesa.
A relação de yin e yang, os cinco elementos, o ba gua (Oito Trigramas), o Livro das Mutações (I Ching) e o Tao Te Ching de Lao Zi são algumas das principais referências para a compreensão de seus fundamentos.
Os textos clássicos do Tai Chi Chuan escritos pelos mestres orientam a:
Vencer o movimento através da quietude (Yi Jing Zhi Dong) 以靜制動
Vencer a dureza através da suavidade (Yi Rou Ke Gang) 以柔克剛
Vencer o rápido através do lento (Yi Man Sheng Kuai) 以慢勝快
O tai chi chuan tem suas raízes na China, sendo atualmente uma arte praticada no mundo todo. É apreciado no ocidente especialmente por sua relação com a meditação (tao yin) e com a promoção da saúde, oferecendo aos que vivem no ritmo veloz das grandes cidades uma referência de tranquilidade e equilíbrio.

Os criadores do Tai Chi Chuan basearam sua arte na observação da natureza - não apenas na observação dos animais, mas no estudo dos princípios da interação entre os diversos elementos naturais.
Como somos parte desta natureza, o conhecimento destes princípios e de como atuam dentro de nós, estudados pela medicina tradicional chinesa, revelam o tai chi como uma fonte efetiva de energia que encontra-se em nosso interior, situada na região do corpo nomeada pelos chineses de dantian médio.

Etimologia

Os ideogramas que compõe a palavra tai chi chuan significam:
太, Tai significa "o maior", "o mais alto", "supremo", "absoluto".
極 (ou 极, em chinês simplificado), Chi (ou Ji) significa, original e literalmente, a parte mais alta do telhado - "cumeeira".
拳, Chuan (ou Quan) significa Punho, aqui simbolizando "soco", "luta à mãos livres" (desarmadas), "boxe"
 
 
Portanto, algumas das possíveis traduções literais de tai chi chuan são: "Punho da suprema cumeeira", "punho do limite supremo" ou simplesmente "punho do tai chi".
Como cada ideograma pode ter mais de um sentido, há outras formas de traduzir o termo além destas.
No taoísmo, onde o tai chi chuan teve sua origem, a "suprema cumeeira", ou "limite absoluto" tem a conotação filosófica de "elevação", "sublimação", "purificação", resultante, entre outras, do desenvolvimento de um mecanismo de defesa emocional pelo qual tendências ou sentimentos inferiores se transformam em outros que não o sejam.
O tai chi também simboliza o "Cosmo" e a interação, dos princípios energéticos yin e yang, em constante mutação, sendo conhecida a sua representação pelo tai chi tu (diagrama do tai chi), mais conhecido no Ocidente como o "símbolo do yin-yang".

Origem

Zhang Sanfeng (张三丰)

A história do tai chi chuan é considerada sempre sob dois aspectos: o lendário e o historicamente comprovado. Esses dois aspectos não se excluem necessariamente para a maioria dos professores propagadores dessa arte.
O aspecto lendário é, geralmente, encarado como uma metáfora para indicar o desenvolvimento dos princípios do tai chi chuan através da figura do taoista imortal Chang San Feng.
Historicamente comprovado, o criador do tai chi chuan foi Chen Wangting.
Existem indicações de que, durante a Dinastia Tang (618-906 d.C.), um eremita chamado Xu Xuan Ping desenvolveu uma arte chamada "os trinta e sete estilos do tai chi", também chamada de chang chuan (punho longo) ou chang kiang (rio longo).
Por volta da mesma época, um monge taoista chamado Li Dao Zi praticava uma arte denominada "punho longo primordial", semelhante aos trinta e sete estilos do tai chi.
Muitas das posturas dessas duas artes têm nomes semelhantes aos das atuais posturas do tai chi chuan.
O texto Guan Jing Wu Hui Fa (Método para se Alcançar o Esclarecimento Através da Observação da Escritura), escrito por Cheng Ling Xi na época da Dinastia Liang (907-923 d.C.), no período das cinco dinastias e dos dez reinos, é o documento mais antigo já encontrado a usar o termo tai chi chuan. Cheng Ling Xi foi discípulo de Han Gong Yue, que lhe ensinou sua arte, chamada "Os catorze estilos do treinamento do tai chi".
Chang San Feng (1247-?), que então vivia num templo taoista do monte Wudang, já teria desenvolvido uma arte conhecida como "Os trinta e dois estilos do punho longo de Wudang" e, posteriormente, criou "As treze posturas do tai chi", após observar uma luta entre um pássaro (grou) e uma cobra, quando constatou que a flexibilidade se sobrepunha à rigidez, compreendendo a prática da alternância entre o yin e o yang e outras concepções da natureza, que se constituem na base do que depois passou a ser chamado de tai chi chuan.
O sucessor de Chang Sangfeng foi o também monge taoista Taiyi Zhenren que, no final da dinastia Ming, difundiu a arte entre os discípulos do monte Wudang. Entre esses discípulos, encontrava-se outro monge de nome Ma Yun Cheng.
Ma Yun Cheng transmitiu a arte para vários discípulos célebres, entre eles Mi Deng Xia e Guo Ji Yuan, popularmente conhecidos como "os dois santos" e Wang Zhong Yue, que denominou essa arte de Wudang tai chi chuan e escreveu o Tratado de Tai Chi Chuan, um dos Clássicos do Tai Chi Chuan.
Wang Zhong Yue transmitiu o tai chi chuan ao famoso mestre Zhang Song Xi, que depois o ensinou a Dan Si Nan, que veio a ter como discípulo Wang Zheng Nan, que se referia à arte de Wudang como uma arte interior, distinta das artes de Shaolin, que ele chamava de arte exterior.
Segundo os historiadores Tang Hao e Gui Liuxin, seguindo a origem a partir do fato histórico de que Yang Luchan aprendeu com Chen Changxing (1771-1853) do vilarejo de Chenjiagou, o tai chi chuan foi criado por Chen Wangting (1600-1680) na passagem da dinastia Ming para a dinastia Qing. Esta é a versão considerada oficial pelo governo chinês .

Ji e qui

É preciso atenção na sutileza da interpretação chinesa, pois no taiji (também transliterado como taichi), esse "ji" ou "qui" não é o mesmo "qi" (energia, ar), que o kung fu (arte marcial chinesa) bem explora como chi kung (ou qikong). O ideograma para esse "qi" ( 气 ) não é o mesmo do "ji" ( 极 ).
O pano de fundo de ambos os termos pode ser afim, apontando para um sentido praticamente comum, mas o ji tem direção mais filosófica, quase que taoísta, com sentido de supremacia. Assim, o taiji teria um significado como sendo um conhecimento de primeira grandeza, dando idéia de grande e supremo (mais ao pé da letra).
Já o qi do chi kung, é uma técnica de fortalecimento interno nas artes marciais chinesas, específico para o fortalecimento interno do praticante.
A semelhança dos sons aos ouvidos ocidentais, é verdade, colabora para a mistura dos termos. Mas no pensamento tradicional chinês, são termos distantes com relação à pratica marcial e, principalmente, quanto ao conteúdo doutrinário.

Estilos

São cinco os estilos de tai chi chuan reconhecidos como tradicionais pela comunidade internacional, cada um deles recebeu o nome da família chinesa que o criou, desenvolveu e transmitiu. Todos tem a mesma essência e seguem os mesmos princípios básicos, diferindo na forma.

Por ordem cronológica
Tai chi chuan estilo Chen (陳氏)
Tai chi chuan estilo Yang (楊氏)
Tai chi chuan estilo Wu/Hao (武氏)
Tai chi chuan estilo Wu (吳氏)
Tai chi chuan estilo Sun (孫氏)
Ordenados por sua popularidade, considerando o número de praticantes, teríamos: Yang, Wu, Chen, Sun e Wu/Hao.
Atualmente encontramos referências a diversos outros estilos. Alguns deles são estilos hibridos ou derivados destes cinco estilos tradicionais.
Outros alegam ter sido praticados em segredo dentro de outras famílias ou em monastérios a partir das referências milenares taoístas que deram origem a esta prática, tornando-se de conhecimento aberto ao público há menos tempo.
Entre estes exemplos se inclui o estilo Wudang, referência ampla à prática de tai chi chuan realizada ainda hoje nos templos da montanha de Wudang (não confundir com o estilo contemporâneo que tomou para si o nome de Tai chi chuan de Wudang).
Há também o que poderíamos chamar de Tai chi chuan estilo de Pequim, composto por formas (tao lu) padronizadas pelo Governo Chinês, através do Comitê Nacional de Esportes da China, desenvolvidas exclusivamente para fins terapêuticos e esportivos. Hoje em dia muito popular não apenas na China mas em todo o mundo.

As treze posturas fundamentais

Enquanto arte marcial, o tai chi chuan se baseia em treze conceitos fundamentais (shi san shi 十三势). Estas posturas/movimentos podem ser reconhecidos nas diversas formas praticadas pelos diferentes estilos. Cada escola interpreta estes conceitos com pequenas variações.
São conhecidas como as oito portas e os cinco passos (八門 五步), em chinês são denominadas: Peng, Lu, Ji, An, Cai, Lie, Zhou, Cao, Jin, Tui, Gu, Pan e Ding.
As oito portas (bā mén) se associam às oito direções representadas pelos oito trigramas do pa kua (py bā guà 八卦), elementos básicos na constituição do I Ching (py Yijing 易经 ).
Os quatro lados (si zheng 四正)
Péng 掤 (aparar)
Lǜ 履 (desviar)
Jǐ 擠 (pressionar)
Àn 按 (empurrar)
Os quatro cantos (si yu 四隅)
Cǎi 採 (colher e puxar)
Liè 挒 (colher e quebrar)
Zhǒu 肘 (golpe de cotovelo)
Kào 靠 (golpe de ombro)
Os cinco passos (Wǔ bù) 五步 podem ser relacionados aos Cinco Elementos cósmicos (五行 py wǔ xíng) que fundamentam a medicina tradicional chinesa: madeira, fogo, terra, metal e água (木, 火, 土, 金, 水).
Jìn bù 進步 (avançar)
Tùi bù 退步 (recuar)
Zǔo gù 左顧 (olhar à esquerda)
Yòu pàn 右盼 (olhar à direita)
Zhōng dìng 中定 (equilíbrio central)
Os dez princípios essenciais

Conforme Yang Chengfu:
Suspender a cabeça pelo topo com leveza e sensibilidade (xu ling ding jin)
Esvaziar o peito (han xiong) e alongar as costas (ba bei)
Relaxar a cintura (song yao)
Distinguir entre o cheio e o vazio (fen xu shi)
Relaxar os ombros [Chen Jian] e soltar os cotovelos (zhui zhou)
Usar a mente e não a força muscular (yong yi bu yong li)
Interligar os movimentos da parte superior e inferior do corpo (shang xia xiang sui)
Unir o interior e o exterior (nei wai xiang he)
Mover-se com continuidade, sem rupturas (xiang lian bu duan)
Buscar a quietude dentro do movimento (dong zhong qiu jing)

Tai chi chuan (em chinês: 太極拳 pinyin: Tàijí quán) é uma arte marcial interna chinesa, categoria nomeada em chinês de neijia (內家).
Este estilo de arte marcial é reconhecido também como uma forma de meditação em movimento.
Os princípios filosóficos do tai chi chuan remetem ao taoísmo e à alquimia chinesa.
A relação de yin e yang, os cinco elementos, o ba gua (Oito Trigramas), o Livro das Mutações (I Ching) e o Tao Te Ching de Lao Zi são algumas das principais referências para a compreensão de seus fundamentos.
Os textos clássicos do Tai Chi Chuan escritos pelos mestres orientam a:
Vencer o movimento através da quietude (Yi Jing Zhi Dong) 以靜制動
Vencer a dureza através da suavidade (Yi Rou Ke Gang) 以柔克剛
Vencer o rápido através do lento (Yi Man Sheng Kuai) 以慢勝快
O tai chi chuan tem suas raízes na China, sendo atualmente uma arte praticada no mundo todo. É apreciado no ocidente especialmente por sua relação com a meditação (tao yin) e com a promoção da saúde, oferecendo aos que vivem no ritmo veloz das grandes cidades uma referência de tranquilidade e equilíbrio.

Os criadores do Tai Chi Chuan basearam sua arte na observação da natureza - não apenas na observação dos animais, mas no estudo dos princípios da interação entre os diversos elementos naturais.
Como somos parte desta natureza, o conhecimento destes princípios e de como atuam dentro de nós, estudados pela medicina tradicional chinesa, revelam o tai chi como uma fonte efetiva de energia que encontra-se em nosso interior, situada na região do corpo nomeada pelos chineses de dantian médio.

Etimologia

Os ideogramas que compõe a palavra tai chi chuan significam:
太, Tai significa "o maior", "o mais alto", "supremo", "absoluto".
極 (ou 极, em chinês simplificado), Chi (ou Ji) significa, original e literalmente, a parte mais alta do telhado - "cumeeira".
拳, Chuan (ou Quan) significa Punho, aqui simbolizando "soco", "luta à mãos livres" (desarmadas), "boxe"


Portanto, algumas das possíveis traduções literais de tai chi chuan são: "Punho da suprema cumeeira", "punho do limite supremo" ou simplesmente "punho do tai chi".
Como cada ideograma pode ter mais de um sentido, há outras formas de traduzir o termo além destas.
No taoísmo, onde o tai chi chuan teve sua origem, a "suprema cumeeira", ou "limite absoluto" tem a conotação filosófica de "elevação", "sublimação", "purificação", resultante, entre outras, do desenvolvimento de um mecanismo de defesa emocional pelo qual tendências ou sentimentos inferiores se transformam em outros que não o sejam.
O tai chi também simboliza o "Cosmo" e a interação, dos princípios energéticos yin e yang, em constante mutação, sendo conhecida a sua representação pelo tai chi tu (diagrama do tai chi), mais conhecido no Ocidente como o "símbolo do yin-yang".

Origem

Zhang Sanfeng (张三丰)

A história do tai chi chuan é considerada sempre sob dois aspectos: o lendário e o historicamente comprovado. Esses dois aspectos não se excluem necessariamente para a maioria dos professores propagadores dessa arte.
O aspecto lendário é, geralmente, encarado como uma metáfora para indicar o desenvolvimento dos princípios do tai chi chuan através da figura do taoista imortal Chang San Feng.
Historicamente comprovado, o criador do tai chi chuan foi Chen Wangting.
Existem indicações de que, durante a Dinastia Tang (618-906 d.C.), um eremita chamado Xu Xuan Ping desenvolveu uma arte chamada "os trinta e sete estilos do tai chi", também chamada de chang chuan (punho longo) ou chang kiang (rio longo).
Por volta da mesma época, um monge taoista chamado Li Dao Zi praticava uma arte denominada "punho longo primordial", semelhante aos trinta e sete estilos do tai chi.
Muitas das posturas dessas duas artes têm nomes semelhantes aos das atuais posturas do tai chi chuan.
O texto Guan Jing Wu Hui Fa (Método para se Alcançar o Esclarecimento Através da Observação da Escritura), escrito por Cheng Ling Xi na época da Dinastia Liang (907-923 d.C.), no período das cinco dinastias e dos dez reinos, é o documento mais antigo já encontrado a usar o termo tai chi chuan. Cheng Ling Xi foi discípulo de Han Gong Yue, que lhe ensinou sua arte, chamada "Os catorze estilos do treinamento do tai chi".
Chang San Feng (1247-?), que então vivia num templo taoista do monte Wudang, já teria desenvolvido uma arte conhecida como "Os trinta e dois estilos do punho longo de Wudang" e, posteriormente, criou "As treze posturas do tai chi", após observar uma luta entre um pássaro (grou) e uma cobra, quando constatou que a flexibilidade se sobrepunha à rigidez, compreendendo a prática da alternância entre o yin e o yang e outras concepções da natureza, que se constituem na base do que depois passou a ser chamado de tai chi chuan.
O sucessor de Chang Sangfeng foi o também monge taoista Taiyi Zhenren que, no final da dinastia Ming, difundiu a arte entre os discípulos do monte Wudang. Entre esses discípulos, encontrava-se outro monge de nome Ma Yun Cheng.
Ma Yun Cheng transmitiu a arte para vários discípulos célebres, entre eles Mi Deng Xia e Guo Ji Yuan, popularmente conhecidos como "os dois santos" e Wang Zhong Yue, que denominou essa arte de Wudang tai chi chuan e escreveu o Tratado de Tai Chi Chuan, um dos Clássicos do Tai Chi Chuan.
Wang Zhong Yue transmitiu o tai chi chuan ao famoso mestre Zhang Song Xi, que depois o ensinou a Dan Si Nan, que veio a ter como discípulo Wang Zheng Nan, que se referia à arte de Wudang como uma arte interior, distinta das artes de Shaolin, que ele chamava de arte exterior.
Segundo os historiadores Tang Hao e Gui Liuxin, seguindo a origem a partir do fato histórico de que Yang Luchan aprendeu com Chen Changxing (1771-1853) do vilarejo de Chenjiagou, o tai chi chuan foi criado por Chen Wangting (1600-1680) na passagem da dinastia Ming para a dinastia Qing. Esta é a versão considerada oficial pelo governo chinês .

Ji e qui

É preciso atenção na sutileza da interpretação chinesa, pois no taiji (também transliterado como taichi), esse "ji" ou "qui" não é o mesmo "qi" (energia, ar), que o kung fu (arte marcial chinesa) bem explora como chi kung (ou qikong). O ideograma para esse "qi" ( 气 ) não é o mesmo do "ji" ( 极 ).
O pano de fundo de ambos os termos pode ser afim, apontando para um sentido praticamente comum, mas o ji tem direção mais filosófica, quase que taoísta, com sentido de supremacia. Assim, o taiji teria um significado como sendo um conhecimento de primeira grandeza, dando idéia de grande e supremo (mais ao pé da letra).
Já o qi do chi kung, é uma técnica de fortalecimento interno nas artes marciais chinesas, específico para o fortalecimento interno do praticante.
A semelhança dos sons aos ouvidos ocidentais, é verdade, colabora para a mistura dos termos. Mas no pensamento tradicional chinês, são termos distantes com relação à pratica marcial e, principalmente, quanto ao conteúdo doutrinário.

Estilos

São cinco os estilos de tai chi chuan reconhecidos como tradicionais pela comunidade internacional, cada um deles recebeu o nome da família chinesa que o criou, desenvolveu e transmitiu. Todos tem a mesma essência e seguem os mesmos princípios básicos, diferindo na forma.

Por ordem cronológica
Tai chi chuan estilo Chen (陳氏)
Tai chi chuan estilo Yang (楊氏)
Tai chi chuan estilo Wu/Hao (武氏)
Tai chi chuan estilo Wu (吳氏)
Tai chi chuan estilo Sun (孫氏)
Ordenados por sua popularidade, considerando o número de praticantes, teríamos: Yang, Wu, Chen, Sun e Wu/Hao.
Atualmente encontramos referências a diversos outros estilos. Alguns deles são estilos hibridos ou derivados destes cinco estilos tradicionais.
Outros alegam ter sido praticados em segredo dentro de outras famílias ou em monastérios a partir das referências milenares taoístas que deram origem a esta prática, tornando-se de conhecimento aberto ao público há menos tempo.
Entre estes exemplos se inclui o estilo Wudang, referência ampla à prática de tai chi chuan realizada ainda hoje nos templos da montanha de Wudang (não confundir com o estilo contemporâneo que tomou para si o nome de Tai chi chuan de Wudang).
Há também o que poderíamos chamar de Tai chi chuan estilo de Pequim, composto por formas (tao lu) padronizadas pelo Governo Chinês, através do Comitê Nacional de Esportes da China, desenvolvidas exclusivamente para fins terapêuticos e esportivos. Hoje em dia muito popular não apenas na China mas em todo o mundo.

As treze posturas fundamentais

Enquanto arte marcial, o tai chi chuan se baseia em treze conceitos fundamentais (shi san shi 十三势). Estas posturas/movimentos podem ser reconhecidos nas diversas formas praticadas pelos diferentes estilos. Cada escola interpreta estes conceitos com pequenas variações.
São conhecidas como as oito portas e os cinco passos (八門 五步), em chinês são denominadas: Peng, Lu, Ji, An, Cai, Lie, Zhou, Cao, Jin, Tui, Gu, Pan e Ding.
As oito portas (bā mén) se associam às oito direções representadas pelos oito trigramas do pa kua (py bā guà 八卦), elementos básicos na constituição do I Ching (py Yijing 易经 ).
Os quatro lados (si zheng 四正)
Péng 掤 (aparar)
Lǜ 履 (desviar)
Jǐ 擠 (pressionar)
Àn 按 (empurrar)
Os quatro cantos (si yu 四隅)
Cǎi 採 (colher e puxar)
Liè 挒 (colher e quebrar)
Zhǒu 肘 (golpe de cotovelo)
Kào 靠 (golpe de ombro)
Os cinco passos (Wǔ bù) 五步 podem ser relacionados aos Cinco Elementos cósmicos (五行 py wǔ xíng) que fundamentam a medicina tradicional chinesa: madeira, fogo, terra, metal e água (木, 火, 土, 金, 水).
Jìn bù 進步 (avançar)
Tùi bù 退步 (recuar)
Zǔo gù 左顧 (olhar à esquerda)
Yòu pàn 右盼 (olhar à direita)
Zhōng dìng 中定 (equilíbrio central)
Os dez princípios essenciais

Conforme Yang Chengfu:
Suspender a cabeça pelo topo com leveza e sensibilidade (xu ling ding jin)
Esvaziar o peito (han xiong) e alongar as costas (ba bei)
Relaxar a cintura (song yao)
Distinguir entre o cheio e o vazio (fen xu shi)
Relaxar os ombros [Chen Jian] e soltar os cotovelos (zhui zhou)
Usar a mente e não a força muscular (yong yi bu yong li)
Interligar os movimentos da parte superior e inferior do corpo (shang xia xiang sui)
Unir o interior e o exterior (nei wai xiang he)
Mover-se com continuidade, sem rupturas (xiang lian bu duan)
Buscar a quietude dentro do movimento (dong zhong qiu jing)

Tai-chi

Tai Chi: In Harmony With Science

A Filosofia e a Espiritualidade do Tai Chi Chuan

A CONSCIÊNCIA ATRAVÉS DO MOVIMENTO

A ALQUIMIA DO TAI-CHI

Palestra do Dr. Zhuang Yuan Ming - I Qigong

Chi Kung - documentário dublado - 2001

lian gong em 18 terapias nao existem milagres

lian gong em 18 terapias um breve historico da gisnastica terapeutica ...

Lian Gong em 18 Terapias - Qi Gong

Introdução

Estamos no tempo de aprender a viver com qualidade, não apenas sobreviver. O corpo físico pede movimento, alongamento e oxigenação para manter-se saudável. Estes elementos são distantes do cotidiano de todos nós, levando o corpo à degeneração precoce com sintomas variados e doenças.
Através dos movimentos dos exercícios chineses busca-se o equilíbrio e um respeito todo especial com a saúde, que é a integração do corpo, da mente e do espírito.
A pratica regular dos Exercícios da Medicina Tradicional Chinesa, trata e previne dores em tendões, músculos, articulações e as doenças crônicas que se desenvolvem a partir do mau uso do corpo físico. Estas praticas treinam e exercitam o corpo de maneira harmônica simples e consciente transformando-o em fonte de vitalidade e harmonia.
As 18 Terapias são um método de exercícios de Lian gong, elaborado na década de 70 pelo Dr. Zhuang Yuan Ming, médico ortopedista da Medicina Tradicional Chinesa. O seu treinamento estabiliza, fortalece e refina a qualidade dos músculos, tendões e ossos do corpo, harmonizando as funções dos órgãos internos, purificando e protegendo as vias respiratórias. O objetivo das 18 Terapias é alcançado através de desbloqueio e ativação do fluxo do sopro (qi) (sopro que regula e estabiliza) pelo corpo, proporcionando a vitalidade necessária para reconduzir o corpo ao restabelecimento de seus movimentos naturais e aos seus padrões apropriados de organização e harmonia.
Tai Chi Chi Kung ,teve como origem o Tai Chi Chuan que é uma arte marcial. O seu objetivo é promover o equilíbrio entre o yin e o yang, desenvolvendo da consciência interna. O Tai chi chi kung enfatiza a maciez e a fluidez; promove o desenvolvimento da sensibilidade em relação ao chi, ensina a regular o corpo, a respiração e a mente. Provoca um profundo relaxamento do corpo todo, acalma e concentra a mente, além de ajudar a circular o chi nos doze canais da grande circulação de energia, ativando o fluxo de energia
O objetivo principal é fazer o praticante dominar o vazio, que originou o chi e que criou o Tai Chi, por meio das forças da natureza unificando-as com a do homem. Mente e intenção são muito importantes nessa técnica. O tai chi chi kung é uma pratica leve e fácil de aprender, o sistema de treinamento consiste em movimentos harmoniosos e flexíveis que buscam sincronizar a concentração externa através de imagens propostas pelos movimentos, com a concentração interna através dos pontos nos canais de energia promovendo a harmonização das atividades cerebrais e das emoções, prevenindo e tratando doenças que tem sua origem nos desequilíbrios energéticos e químicos ( estresse, depressão, hipertensão etc.).
Assim sendo, este trabalho tem como objetivo promover uma aprendizagem solidária por parte dos idosos, pela aproximação do aprendizado junto aos participantes do grupo , através da exposição e troca de idéias, levando-os ao fortalecimento da auto confiança e espírito de fraternidade.
O Chi Kung é um método que, com base no antigo conceito da vida como um todo e com uso da consciência, visa mobilizar e aplicar o fluxo energético no campo magnético, assim a alma e o corpo se tornam altamente harmoniosos .É uma forma terapêutica da Medicina Tradicional Chinesa (MTC).
Objetivos

Na correria do dia a dia, o estresse faz com que as pessoas precisem de uma atividade que traga harmonia e equilíbrio. A execução das artes corporais tem como objetivo oferecer equilíbrio ao corpo e a mente melhorando a qualidade de vida do praticante.

O Sistema completo é composto de 3 série
s:
18 Terapias Anterior: Os primeiros 18 exercícios, criados para prevenir e tratar de dores no corpo.
série 1 -  6 exercícios para o pescoço e ombro 
série 2 -  6 exercícios para costas e região lombar
série 3 -  6 exercícios para glúteos e pernas
18 Terapias Posterior: 18 exercícios criados posteriormente, para prevenir e tratar de dores nos tendões, articulações e disfunções dos órgãos internos, divididos em 3 séries
série 4-  6 exercícios para as articulações
série 5-  6 exercícios para tendões
série 6-  6 exercícios para os órgãos internos.
18 Terapias Continuação-I Qi gong (beneficiamento dos sopros): Os exercícios foram criados para prevenir e tratar das vias respiratórias.
Cada parte de 18 exercícios leva, aproximadamente, 12 minutos para ser realizado sendo que, a prática das 3 partes dura, aproximadamente, 36 minutos.

Os benefícios para quem pratica

A inatividade e o sedentarismo constituem hoje em um comportamento praticamente epidêmico. Todos em qualquer idade, são estimulados cada vez menos ao movimento.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) já há muito tempo definiu saúde como um estado de bem estar bio psico social, ou seja, um estado de equilíbrio entre todos os determinantes físicos e emocionais do ser humano.
Hoje as artes corporais da Medicina Chinesa são conhecidos por sua eficiência no beneficio da saúde física e mental do seus praticantes. A sua prática constante põe em movimento a energia de todo o corpo, ajudando a circulação do sangue e estimulando a lubrificação das articulações, melhorando portanto, a respiração proporcionando o aumento da elasticidade, do equilíbrio e trazendo vigor para o corpo.
Se praticado regularmente oferece benefícios já investigados experimentalmente, como melhora do equilíbrio, redução da pressão sanguínea em repouso, aumento das células T do sistema imunológico, redução da ansiedade, redução do risco de queda dapopulação idosa, aumento da eficiência respiratória, queda dos índices de hormônios ligados ao estresse (cortisol salivar) melhoria da flexibilidade das articulações, entre outros.
Pessoas que não suportam elevação da freqüência cardíaca e da pressão arterial, inevitáveis em atividades como caminhar, conseguem realizar com segurança e conforto suas necessidades individuais após a prática regular das atividades, pois diferentemente dos exercícios convencionais, oferece ao praticante um momento de relaxamento imediato, trabalhando sistematicamente com a respiração profunda e consciente, aumentando assim o fluxo de oxigenação do sangue nas extremidades do corpo. Cardíacos e hipertensos conseguem realizar com conforto os exercícios.
Além de tantos benefícios, os praticantes dos exercícios das artes corporais chinesas adquirem maior aptidão para realizar tarefas cotidianas inclusive as profissionais, com melhora da integração no ambiente de trabalho e maior motivação para execução das atividades e para cuidar de si próprio, além de oportunidade de exercitar o corpo reduzindo as chances de ficar doente, adquirindo aumento do humor e disposição no dia a dia.
 
Quem pode praticar

As Artes Corporais da Medicina Chinesa são indicadas para todo tipo de público, de todas as idades. Por ser um exercício de baixo impacto, não causa nenhum tipo de lesão e não apresenta contra-indicações, inclusive para pessoas que tenham restrições a outros tipos de práticas, como diabéticos, hipertensos e cardiopatas (desde que seja feito acompanhamento médico)

Reflexões

É importante que cada um de nós encontre esse fluxo naturalmente, quando sentimos, escutamos o nosso corpo e não oferecemos resistência ao movimento, tudo flui naturalmente. Certamente nosso ser vai encontrar esse fluxo e caminhar com ele. Às vezes os movimentos que trabalhamos através de formas clássicas ou simplificadas, não se adaptam às pessoas. Cada um possui seu fluxo individual que difere dos outro. Chegará um tempo, para cada um de nós, em que encontraremos nosso fluxo natural. A partir daí, estaremos movimentando nosso corpo através desse fluxo.


Ao nascer, o homem é suave e flexível
Na sua morte, é duro e rígido
Plantas verdes são tenras e úmidas;
Na sua morte, são murchas e secas.
Um arco rígido não vence o combate.
Uma árvore que não se curva, quebra.
O duro e o rígido tombarão.
O suave e o flexível sobreviverão.”
(Dao de Jing verso 76)

Maria do Carmo Lima Braga
Professora de Educação Física com formação em Arte Corporais da Medicina Chinesa.




O QUE É O LIAN GONG E QUEM PODE PRATICAR?

O QUE É O LIAN GONG?

Objetivo: prevenir e tratar as dores no corpo e restaurar a sua movimentação natural.
O Lian Gong em 18 Terapias é uma prática corporal elaborada na década de 70 pelo Dr. Zhuang Yuan Ming, médico ortopedista da Medicina Tradicional Chinesa que vive em Shangai, na China.
Essa prática foi escolhida pelo governo de Shangai para ser amplamente divulgada para a população e o Dr. Zhuang, o seu criador, recebeu o prêmio de "Pesquisa Científica de Resultado Relevante".
Doutor Zhuang, uniu conhecimentos da MTC – Medicina Tradicional Chinesa e a Moderna Medicina Ocidental, com as artes guerreiras e os antigos exercícios terapêuticos.
O objetivo principal do Lian Gong em 18 Terapias é a de tratar e prevenir dores no corpo, inúmeros problemas osteosmusculares, articulações, etc. hoje tão freqüente nas condições da vida moderna, além de atuar nas disfunções dos órgãos internos e problemas respiratórias.
São exercícios preventivos e curativos, cuja pratica põe em movimento o “Chi” (energia vital) em especial ao “Zhen Chi” ou “Chi Verdadeiro” no organismo, termos encontrados nos fundamentos da MTC medicina tradicional chinesa, que diz o seguinte: “Quando o Zhen Chi esta pleno no interior do corpo humano , os fatores negativos não podem invadir”.
Ajuda na circulação do sangue, dissolve aderências e inflamações dos tendões.
Restaura a movimentação natural, melhorando a resistência e a vitalidade do organismo.
O sistema completo do Lian Gong em 18 Terapias é composto de 3 partes:
Primeira - Parte Anterior - Lian Gong Qian Shi Ba Fa
18 exercícios para prevenir e tratar de dores no corpo, divididos em 3 séries:
• Série 1: 6 exercícios para pescoço e ombros
• Série 2: 6 exercícios para costas e região lombar
• Série 3: 6 exercícios para glúteos e pernas
Segunda - Parte Posterior - Lian Gong Hou Shi Ba Fa
18 exercícios para prevenir e tratar de dores nas articulações, tenossinovites e disfunções dos órgãos internos, divididos em 3 séries:
• Série 4: 6 exercícios para articulações
• Série 5: 6 exercícios para tendões
• Série 6: 6 exercícios para órgãos internos
Terceira - Lian Gong Shi Ba Fa Xu Ji
Este conjunto de 18 exercícios recebeu do Dr. Zhuang o nome de "I Qi Gong (cultivo e beneficiamento do Qi) - continuação do Lian Gong em 18 Terapias" e serve para prevenção e tratamento da bronquite crônica e da debilidade funcional do coração e dos pulmões, bem como outras doenças crônicas das vias respiratórias.
A prática dos exercícios é acompanhada de música tocada por instrumentos tradicionais chineses, cujo arranjo estabelece o ritmo apropriado para a execução dos movimentos. Cada parte de 18 exercícios leva aproximadamente 12 minutos para ser realizada.
Principais Características do Lian Gong em 18 Terapias
Na Medicina Tradicional Chinesa, dá-se atenção ao "ZHEN QI" em suas terapias. Quando o "Zhen Qi" está pleno no interior do corpo humano, os fatores negativos não poderão invadir. Aliado a outras terapias, o "Lian Gong em 18 Terapias", potencializará mais rapidamente os resultados. (dizeres abreviados do Dr. Zhuang Yuan Ming).
A Relação do Liang Gong em 18 Terapias com o Tuei-Ná - (fisioterapia chinesa)
1- HEN DUEI YA TUN DIEN.
Pressionar diretamente no local dolorido, deve-se pressionar para obter o Qi no local.
2- DE QI KOU JIN TUEI.
Pressionar persistentemente o local para obter o Qi. Ao localizar a região dolorida, deve-se massagear, combinando forte e fraco.
3- DIEN MIEN XIAN JIE HE.
Integrar o ponto com a região começando massageando e expandir até atingir a região.
4- SUN JIE UYUEN ZHU ZI.
Soltar os tecidos moles.
5- HUO DUN JING GUAN JIE
Movimentar os tendões e as articulações.
6- TIAO JIE TI GUN NAN.
Restabelecer a função do corpo.

AS 11 FRASES QUE SINTETIZAM O LIAN GONG EM 18 TERAPIAS.
1- Atua objetivamente na necessidade "Zhen Duei Xu Yao".
O movimento das 18 terapias concentra a sua movimentação em uma determinada região do corpo, operando melhora de uma patologia localizada, com a participação de todo o corpo.
2- Treinar com alegria "Le Quan Duan Lien".
Para treinar com alegria não deve haver preocupação obsessiva em acertar a forma do movimento e nem ser displicente em relação aos padrões principais que orientam a prática.
3- Realizar os movimentos de formas lenta, homogênea e continua "Huan Man Lien Guan".
Os movimentos lentos, contínuo e homogêneo induzem o Qi a percorrer o corpo levando a consciência e a ação terapêutica em seu fluxo.
4- Coordenar movimento e respiração, "Pei He Hu Xi".
A respiração bombeia o SOPRO para as extremidades, auxiliando a realização do movimento.
5- Movimento com o corpo ordenado, estruturado e alinhado "Dun Zuo Zen Qie".
A realização do movimento das 18 terapias com os segmentos do corpo ordenado e alinhado possibilitam executar os exercícios de forma simples, econômica e com pouco dispêndio de energia.
6- O movimento deve ser amplo "Fu Du Yao Da".
Na prática das 18 terapias, deve-se conquistar gradativamente movimentos cada vez mais amplos.
7- Mobilizar a Força Interna "Qian Diao Nei Jing".
"Que a Intenção lidere o Qi, que este dê origem a força interna e que a força interna alcance os 4 membros". (Princípios das artes corporais chinesas)
8- É importante obter o Qi , "De Qi Wei Yao".
Onde chega o Qi chega o efeito terapêutico.
9- Praticar com dosagem adequada "Huo Dun Si Lian".
10-Aperfeiçoar a prática gradativamente "Zhu Jian Ti Gao".
11-Prevenir e Tratar de doenças está na persistência e na regularidade da prática "Fan Bi, Zi Bin, Guei Zhai Jien Ci".
AS FRASES SÃO DE AUTORIA DO DOUTOR ZHUANG YUAN MING, criador do Lian Gong em 18 Terapias e foi traduzida e comentada pela Profa. MARIA LUCIA LEE, introdutora do Lian Gong em 18 Terapias no Brasil.
Nota: As 11 Frases estão nos livros apresentados neste site.
O LIAN GONG EM 18 TERAPIAS
• É um dos mais completo sistema de alongamento.
• É uma Ginástica de Alto Nível.
• Propicia trabalhar as cadeias musculares superficiais e as mais profundas.
• Pode complementar qualquer modalidade esportiva, que exige força, velocidade e impacto e até a simples caminhada.
• Ajuda a combater o estresse, que para mim é a porta de entrada das doenças.
• Além de atuar no campo das doenças ósteo-musculares, atua nas disfunções orgânicas, é também um ótimo instrumento no campo da psicologia.
• Coloca-se como uma Cinesioterapia Global. (prof. Nelson Iba)

QUEM PODE PRATICAR?

Pessoas de qualquer idade poderão estar praticando o Lian Gong em 18 Terapias, desde crianças até idosos, porém deverão respeitar os seus limites. Os movimentos deverão ser executados sempre de forma alegre, prazerosa e harmoniosa. Como qualquer prática corporal, deverão seguir sempre as orientações de um bom instrutor e as recomendações de seu médico.
Há casos que a técnica é muito benéfica, mas sua pratica deve ser realizada com adaptações e cuidado na amplitude, dosagem e intensidade dos movimentos. Pessoas idosas ou portadores de determinadas patologias, deverão receber orientações específicas de seus instrutores.
Em quais situações a prática do Lian Gong em 18 Terapias não é indicada?
Conforme orientações do próprio Dr. Zhuang, o Lian Gong em 18 Terapias não deve ser praticadas por pessoas com câncer na fase ativa, somente apos controlado é indicada para ajudar na recuperação.
Mulheres grávidas, não são recomendadas a sua pratica 
Pessoas que se encontre em fase aguda de uma inflamação ou infecção (febre, gripe muito forte, inchaço e parasitoses graves, etc.)
Na fase de cicatrização após cirurgias ou fraturas, porem, após a consolidação dessa cicatrização é recomendada, pois os exercícios possibilitam dissolver as aderências dos tecidos, alem de fortalecer os ossos.